Devemos refletir todos os dias sobre nosso planeta Terra, este macro-organismo complexo que está em constante evolução de forma veloz e contínua. Devido a esse desenvolvimento acelerado o sistema-terra está prestes a esgotar elementos importantíssimos para a continuidade da vida.
Para começar, é importante compreender que a biodiversidade é o conjunto de todos os seres vivos, cada um com sua importância para o planeta Terra, pois é a subjetividade de cada ser que garante o equilíbrio da biodiversidade. Este conceito é importante para compreender e valorizar todas as formas de vida e entender que a biodiversidade é fundamental para que os ecossistemas funcionem adequadamente.
O valor da biodiversidade é inimaginável, que não se limita à dinheiro mas sim em suas riquezas naturais, tanto para a continuidade de todas as formas de vida dos abundantes ecossistemas presentes no planeta, quanto pela procura de paisagens naturais em que podem ser realizadas diversas atividades de lazer favorecendo a saúde do indivíduo na realização de atividades ou apenas respirar um ar mais puro. As belas paisagens formadas pela natureza transmite tranquilidade e equilíbrio emocional nas pessoas. Ainda existe pouca compreensão em relação à necessidade de valorizar e preservar a natureza como manutenção da vida, principalmente àquelas que moram nas cidades e tem constante contato com tecnologias de última geração, falta-se à percepção que por mais tecnológico que seja tudo o que usamos nas grandes cidades está ligado diretamente à biodiversidade.
A biodiversidade no mundo
O planeta Terra é tão vasto que ainda não existe estudos realizados com todas as espécies vivas. Existem ecossistemas que já foram e estão sendo destruídos diariamente pelas atividades humanas, e a perda dessas espécies impacta diretamente toda a relação de vida no planeta. Mesmo que as perdas em determinadas regiões sejam mínimas, podem significar perdas irreparáveis no ciclo de vida de certas espécies que vivem nesse habitat. Quando uma espécie desaparece completamente, outras também correm o risco de desaparecer prejudicando toda essa cadeia alimentar. É por isso que, por exemplo, se matarem todos os sapos de um determinado espaço ocorrerá a proliferação dos mosquitos que serviam de alimentos para eles.
É importante destacar que existiram muitas espécies que foram extintas antes mesmo do aparecimento do homem, mas estas extinções ocorreram em um ciclo natural devido a doenças diversas, falta de alimentação ou por não resistirem às bruscas mudanças no clima. Esse processo de extinção demorou milhões de anos para acontecer, já as mudanças que ocorrem devido à interferência humana no ambiente está em um ritmo extremamente acelerado, classificando a extinção dos ecossistemas como um problema grave que deve ser solucionado. As pesquisas, os avanços da tecnologia e as leis ambientais são procedimentos importantes para que a biodiversidade seja conservada.
A biodiversidade no nosso dia-a-dia
Todos os seres vivos estão interligados, mesmo cada um carregando sua subjetividade. Os animais se alimentam das plantas, e para que as mesmas sejam polinizadas, é necessário que determinados animais dispersem as sementes. Os seres humanos são dependentes das plantas, dos animais, dos fungos entre outros elementos para ter alimentação, fabricar vacinas e remédios, utilizar a matéria-prima nas indústrias, transformar em energia (hidroelétrica, solar, eólica, carvão, nuclear, entre outras fontes), e principalmente nas condições básicas como um clima equilibrado, ar puro, solo fértil e água potável.
Infelizmente esses elementos preciosos são vistos apenas como recursos necessários para a exploração e o consumo, e não consideram os prejuízos causados aos ecossistemas quando são extraídos. A exploração excessiva, a poluição causada na execução de processos industriais, queimadas (tanto de florestas quanto de substâncias como o plástico) são os exemplos dos principais responsáveis pelo consumo desenfreado e destruição da biodiversidade. Os recursos naturais precisam de certo tempo para renovar e muitos deles não têm nem essa capacidade. Atualmente utiliza-se mais do que a natureza pode renovar.
A contribuição para um ambiente equilibrado não é a responsabilidade apenas das políticas públicas e grandes indústrias, também deve ser feita no nosso dia-a-dia. Separar o lixo orgânico do reciclável, descartar corretamente pilhas, baterias e lâmpadas, destinar o óleo de cozinha para os postos de coleta, economizar energia e água, consumir menos carne bovina (reduzindo o desmatamento), são algumas ações que podem contribuir com o meio ambiente.
A psicologia e o meio ambiente
A psicologia tem um papel muito importante na contribuição de um futuro mais sustentável desenvolvendo estudos na área da psicologia ambiental sobre a interação do homem no ambiente de determinadas áreas, e também deve ser objeto de influência na sociedade para que as ações do dia-a-dia sejam compreendidas e sejam transformadas em um hábito. A psicologia ambiental também está inserida na arquitetura e no planejamento urbano em busca de um ambiente que proporcione bem estar. O design pode influenciar o humor e a percepção do indivíduo, como por exemplo, um ambiente com uma paisagem natural e outro ambiente totalmente urbano, e este trabalho deve ser acompanhado desde a concepção do projeto. Os estudos em geografia também levam em consideração a psicologia nas pesquisas sobre percepção do espaço e dos fatores socioculturais, abrindo assim caminhos para compreender a respeito de determinado território.
A psicologia também influencia diretamente as questões relacionadas ao meio ambiente e a sua necessidade de conservação, envolvendo-se com a área de ciências bioecológicas. Existem estudos que relacionam a percepção ambiental como um fato psicossocial, onde os processos cognitivos e afetivos implica diretamente a representação no ambiente. A psicologia contribui na área da educação ambiental resgatando valores e a compreensão de que devemos cuidar do ambiente em que vivemos. Portanto, a psicologia deve ter a percepção do espaço e como os indivíduos se relacionam com ele. Os profissionais desenvolvem também pesquisas científicas num trabalho multiprofissional entre arquitetos, geógrafos, biólogos, ecólogos, e sociólogos, e também participam de ações de intervenção através da educação ambiental realizando atividades práticas atribuindo valor e importância para cada ação.
REFERÊNCIAS
PINHEIRO, José Q. Psicologia Ambiental: a busca de um ambiente melhor. Estudos de Psicologia, 1997. 377-398. Acessado em 21.04.18. Disponível em:< www.scielo.br/pdf/%0D/epsic/v2n2/a11v02n2.pdf> ;
SECCO, Maria Filomena Fagury Videira; SANTOS, Joice Bispo. Prêmio José Márcio Ayres para jovens naturalistas: guia do educador. Belém, 2011. Acessado em 21.04.18. Disponível em < http://marte.museu-goeldi.br/marcioayres/index.php?option=com_content&view=article&id=16&... >
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Psicólogo Airton Olivera Silva (CRP 06/141877).